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sexta-feira, 14 março 2025

Madrasta é acusada de usar brinquedos e banquinho para induzir afogamento de enteada, diz MP

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Gabriela Almeidahttp://Almeida
Jornalista e Especialista em Política Regional Gabriela é uma jornalista com mais de 10 anos de experiência cobrindo a política paranaense. Ela traz uma abordagem clara e objetiva para seus textos, explicando os impactos das decisões políticas para o dia a dia da população. Com uma sólida formação em Ciências Políticas, ela também é uma defensora do jornalismo investigativo.

Suzana Dazar dos Santos, madrasta de Isabelly Oliveira Assunpção, de três anos, é acusada de utilizar brinquedos e um banco para induzir a menina a se afogar em uma máquina de lavar roupas. O caso, ocorrido em maio de 2022, foi detalhado em denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que aponta ciúmes do pai da criança como motivação do crime.

Crime ocorreu na véspera do Dia das Mães
O incidente aconteceu em 2022, na véspera do Dia das Mães. Isabelly, que vivia com a mãe biológica, passava os fins de semana com o pai. No dia do ocorrido, ele estava trabalhando, e a madrasta teria planejado o cenário para o afogamento.

Detalhes da denúncia
A denúncia do MP-PR, aceita pela Justiça, descreve quatro ações que sustentam a acusação:

  1. A colocação de um banco de plástico em frente à máquina de lavar, que estava cheia de água;
  2. A inserção de brinquedos da criança dentro do eletrodoméstico;
  3. O posicionamento da menina sobre o banco para que ela alcançasse os brinquedos;
  4. A saída de Suzana do local, deixando a criança sem supervisão por tempo suficiente para que o afogamento ocorresse.

Motivação: ciúmes e sentimento de posse
Segundo o MP-PR, Suzana agiu movida por ciúmes do pai da menina, acreditando que a criança prejudicava o relacionamento do casal. O órgão afirma que a madrasta “previu e assumiu conscientemente o risco de ocasionar a morte da vítima”. Ela responde por homicídio doloso por motivo torpe, emprego de asfixia e violência doméstica e familiar.

Defesa alega que foi um “acidente”
A defesa de Suzana contesta a acusação, afirmando que o ocorrido foi um “acidente”. Os advogados destacam que a madrasta e a enteada tinham uma boa relação e que não há evidências de intenção de matar. “Não há marcas ou indícios que comprovem dolo. O mínimo que pode haver é culpa”, disse o advogado Paulo Hara Júnior.

Repercussão e investigação
O caso, que chocou a região, segue em segredo de Justiça. A defesa da mãe biológica da menina sustenta que o cenário foi preparado para que a morte ocorresse. O MP-PR continua a investigar as circunstâncias do crime, enquanto a defesa de Suzana busca provas para sustentar a tese de acidente.

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