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Curitiba se despede do Oil Man, personagem símbolo das ruas da cidade

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Foto: Reprodução/Prefeitura de Curitiba

Figura conhecida por moradores e turistas, Nelson Rebello, o “Oil Man”, morreu neste sábado (29), aos 64 anos, após complicações de saúde. Ícone das ruas de Curitiba, ele era famoso por circular apenas de sunga, tênis e com o corpo coberto de óleo bronzeador.

Ataque do próprio cachorro precedeu internação

Na última segunda-feira (24), Rebello foi atacado por seu próprio cão dentro da residência onde morava, no bairro Bacacheri. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele apresentava ferimentos perfurantes no tornozelo e uma luxação no ombro esquerdo. O atendimento foi dificultado porque o animal impedia a entrada de socorristas e vizinhos na casa.

Ele foi socorrido em estado moderado e encaminhado inicialmente ao Hospital Cajuru. Posteriormente, foi transferido ao Hospital Evangélico Mackenzie, onde veio a falecer. A causa da morte não foi divulgada oficialmente pela unidade de saúde até o momento.

Décadas de presença marcante

Nelson Rebello se tornou conhecido nas ruas de Curitiba por sua rotina curiosa e carismática. Sempre coberto de óleo e usando apenas uma sunga, ele caminhava ou pedalava por diversos bairros da cidade. Com seu estilo único, o “Oil Man” virou uma figura folclórica local, posando para fotos e interagindo com quem cruzasse seu caminho.

Mais do que excentricidade, sua presença virou marca registrada da capital paranaense. Era comum vê-lo na Rua XV de Novembro, em parques e ciclovias, arrancando sorrisos e despertando curiosidade. Em uma de suas participações na imprensa local, chegou a pedir de presente uma cueca vermelha no aniversário de 61 anos — pedido que foi atendido por empresas e até por uma federação de fisiculturismo.

Legado afetivo e popular

A morte de Nelson Rebello gerou comoção nas redes sociais, onde moradores lamentaram a perda de um personagem que fazia parte da identidade cultural da cidade. Embora nunca tenha ocupado cargos públicos, o “Oil Man” representava um tipo de afeto urbano raro: o da presença constante, da simpatia gratuita e do folclore vivo.

Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas pela família.

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