Ponta Grossa está debaixo d’água… mas não da maneira certa! Neste final de semana, a Sanepar anunciou a “solução emergencial” para o colapso do abastecimento de água na cidade: a operacionalização de um poço profundo. A promessa? Aliviar o sufoco de 3,6 mil moradores. Isso mesmo, 3,6 mil pessoas serão beneficiadas com água tratada… em um sistema que já deveria estar funcionando perfeitamente.
Mas a verdade é que a população já está acostumada com soluções “emergenciais” que mais parecem um grande empurrar com a barriga. Agora, a Sanepar fala em aumentar a capacidade do poço, trocar bomba, fazer interligações e até instalar mais adutoras. Quando é que a cidade vai parar de depender de manobras emergenciais e começar a ver soluções de longo prazo? Ah, mas é claro, enquanto isso, a “solução emergencial” vai sendo implementada, e os caminhões-pipa continuam correndo por aí, abastecendo hospitais, escolas e outros serviços essenciais. Como se a água estivesse chegando para todos… mas não está.
A prefeita Elizabeth Schmidt, sabendo da gravidade da situação, fez sua parte e convocou a Sanepar para cobrar respostas mais concretas. O que recebeu foi um plano que, no fundo, já era esperado: mais poços, mais adutoras e mais promessas para daqui a alguns meses. Claro, a Sanepar até se comprometeu a avisar com 5 dias de antecedência sobre os bairros sem água. Uau, que revolução, né? Como se isso fosse resolver o problema do povo que já está com a torneira seca.
E a cereja do bolo? O anúncio de que, com a obra em andamento, a capacidade de produção de água será aumentada em 15%. Isso é realmente uma grande vitória para uma cidade que já está lidando com escassez de água há meses? E as outras obras? R$ 200 milhões em investimentos que, no fim das contas, vão prolongar o sofrimento até que se consiga pensar em um abastecimento contínuo. Só que, enquanto isso, as pessoas continuam esperando na fila dos caminhões-pipa.
É claro que todo esse “esforço” da Sanepar parece mais uma grande cortina de fumaça. É fácil falar de obras que ainda não foram concluídas, de planos que dependem de um “estudo técnico” e de soluções para um futuro distante. O que os moradores de Ponta Grossa precisam agora não são mais promessas, mas um abastecimento de água constante e eficiente. E, até lá, vamos continuar engolindo a água que não chega, pagando R$ 30 em um galão de água, enquanto eles continuam com a “emergência”.